14 de Janeiro de 2009


Marquito:

Faz hoje um ano que te tive pela última vez nos meus braços e no meu colo, a última vez que senti o teu cheiro, que ainda hoje guardo no meu nariz. Separar-me de ti, deixar-te foi até hoje o que mais me custou.

Doze meses complicados a tentar entender tudo o que a vida fez contigo. Primeiro, veio a confusão,a negação do que estava acontecer, depois, a revolta e as perguntas sem resposta, depois, vêm os momentos em que se pensa em ti, as lágrimas chegam e com elas chega também a dor e a saudade.

"MARCO", que nome tão bonito, mas com uma passagem tão triste por esta vida. Tão novo para morrer e uma criança tão nova para sofrer... Pensei que irias ficar comigo para sempre que eu iria partir primeiro que tu. Marquito sei que partiste sem retorno, sei que apenas te posso encontrar nos sonhos. Deixei-te voar, não queria que tivesses ido sem mim... mas a vida filho não é como nós queremos .

Voa meu menino, meu passarinho, agora és livre como eles, livre desta vida que tanto sofrimento te trouxe, livre dessa maldita doença que te levou, voa, viaja vais ver que te encontro sempre, na saudade, nos sonhos e em tudo o que nós vivemos.

As saudades são muitas... O teu pai sofre muito com a tua partida.
A dor é enorme ... Não passa e nunca vai passar.
A Carolina, a tua menina, como tu dizias adora-te, pergunta porque é que tu foste para o céu.
E eu meu filho, trago-te no coração para sempre...
Nunca serás esquecido...
Até ao nosso encontro... A tua mãe.
Cristina


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Marquito:

Hoje também quero escrever-te umas palavras. Faz um ano, que acordei sobressaltada a meio da noite, com o toque do telemóvel e a tua mãe chorando do outro lado dizendo que tu tinhas partido. Não queria acreditar no que estava a ouvir e a na dor que estava a sentir. Sentimentos de revolta e desanimo fizeram parte de mim nessa hora e nas seguintes. Como é possível! Porque é que a cura não chegou a tempo! Porque é que as preces daqueles que te amam não foram ouvidas? Ou será que foram, e este foi o modo como o teu sofrimento foi aliviado? Não sei Marquito, é muito complicado entender e aceitar a tua partida tão repentina!

Não sei se me chegas-te a conhecer pois já estavas muito doente quando te vi pela primeira vez. Mas eu ainda tive a felicidade de te ter no meu colo, de afagar os teus bonitos cabelos, de acariciar as tuas mãozinhas e de beijar o teu rosto. Felicidade sim ... porque tu és e serás sempre um menino muito especial para mim, que jamais te vou esquecer.

És um manito do meu Cláudio e assim sendo, és também, MEU FILHO DO CORAÇÃO!
Que estejas em paz, Marquito!
Com muito amor e carinho
Ana Paula

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